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2012 - Livro Vermelho 2013

Cattleya walkeriana Gardner VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 19-07-2012

Criterio: A2cd

Avaliador: Maria Rosa Vargas Zanata

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Cattleya walkeriana é uma orquídea epífita ou rupícola, que ocorre em diferentes tipos de ambientes(Floresta Ripícola, Estacional Semidecidual e Cerradão). Por ser uma planta bastante ornamental, tem elevado valor econômico. Por esse motivo sofre muita exploração e foi documentado que muitas subpopulações já foram praticamente dizimadas em seu ambiente natural. Além disso, muitas de suas áreas de ocorrência estão pressionadas pelo crescimento urbano. Suspeita-se que sua população tenha sofrido uma redução de cerca de 30% nos últimos 10 anos. Portanto, a espécie é considerada "Vulnerável" (VU).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Cattleya walkeriana Gardner;

Família: Orchidaceae

Sinônimos:

  • > Cattleya bulbosa ;
  • > Cattleya gardneriana ;
  • > Cattleya princeps ;
  • > Cattleya walkeriana var. bulbosa ;
  • > Cattleya walkeriana var. princeps ;
  • > Epidendrum walkerianum ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Espécie descrita na obra London J. Bot. 2: 662. 1843.

Potêncial valor econômico

Espécie bastante utilizada ornamentalmente, cujos híbridos podem ser comercializados por entre R$ 25,00 a R$ 1000,00 (http://www.walkeriana.net/#twi=24;ct=7).

Distribuição

Espécie endêmica do Brasil, encontrada nas regiões Norte (Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal) e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) (Barros et al., 2012). Ocorre também em Mato Grosso do Sul (CNCFlora, 2012) e em diversos municípios no interior do estado de São Paulo (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010).

Ecologia

Orquídea epífita ou rupícola (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010) encontrada na Amazônia, Cerrado (Barros et al., 2012) e Mata Atlântica (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010). Ocorre em Floresta Ripícola, Estacional Semidecídua e Cerradão (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010). Floresce de março a maio (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010).

Ameaças

3 Harvesting (hunting/gathering)
Incidência national
Detalhes Muitas subpopulações foram praticamente dizimadas por coletores de orquídeas (Ferreira; Lima; Pansarin, 2010), apesar de muitos estudos sobre a propagação in vitro da espécie.

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência national
Detalhes São Paulo perdeu cerca de 85% de vegetação nativa até 2011 (SOS Mata Atlântica; INPE, 2012). Até 2008, o bioma Cerrado perdeu cerca de 50% de vegetação nativa. O Estado de Minas Gerais teve uma taxa de desmatamento de 0,16%, São Paulo, de 0,01%, Goiás, de 0,20%, Mato Grosso, de 0,23% e Mato Grosso do Sul, de 0,11% entre 2008 e 2009 (MMA; IBAMA, 2011).

Ações de conservação

1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: A espécie está contida no apêndice II da CITES: http://www.cites.org/eng/app/appendices.php; acesso em 18/05/2012

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie é categorizada como "Deficiente de dados" (DD) na Lista Vermelha da Flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Encontrada nas seguintes unidades de conservação: Parque Estadual do Rio Preto (MG) e Reserva Ecológica do Guará (DF) (CNCFlora, 2012).

5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation
Situação: on going
Observações: Há diversos estudos sobre a propagação in vitro da espécie, como o trabalho de Faria et al. (2002), em que os autores indicam o uso do carvão para o cultivo da espécie.

Usos

Referências

- FERREIRA, A. W. C.; LIMA, M. I. S.; PANSARIN, E. R. Orchidaceae na Região Central de São Paulo, Brasil. Rodriguésia, v. 61, n. 2, p. 243-259, 2010.

- BARROS, F. DE, VINHOS, F., RODRIGUES, V.T. ET AL. Orchidaceae A.Juss in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB031789>. Acesso em: 02 Fevereiro de 2012.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- FARIA, R. T.; SANTIAGO, D. C.; SARIDAKIS, D. P.; ALBINO, U. B.; ARAÚJO, R. Preservation of the Brazilian Orchid Cattleya walkeriana Gardner Using in vitro Propagation. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v. 2, n. 3, p. 489-492, 2002.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, IBAMA. Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite. Acordo de Cooperação Técnica MMA/IBAMA: Monitoramento do Bioma Cerrado 2008 a 2009, Brasília, DF, p.55, 2011.

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica - Desflorestamentos Identificados no Período 2010-2011, p.113, 2012.

- Banco de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

Como citar

CNCFlora. Cattleya walkeriana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Cattleya walkeriana>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 19/07/2012 - 18:52:58