Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Habenaria rodeiensis Barb.Rodr. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 08-06-2012

Criterio:

Avaliador: Pablo Viany Prieto

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Habenaria rodeiensis apresenta distribuição ampla no Brasil e está representada em algumas Unidades de Conservação de proteção integral.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Habenaria rodeiensis Barb.Rodr.;

Família: Orchidaceae

Sinônimos:

  • > Bertauxia rodeiensis ;
  • > Habenaria carvalhoi ;
  • > Habenaria corcovadensis ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Descrita originalmente na obra Genera et Species Orchidearum Novarum 2: 256, t. 799. 1882., a espécie é muito próxima de H. longipedicellata e H. tamanduensis; porém as características que as diferenciam permanecem incertas (Batista et al., 2011).

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo aqui nos estados das regiões Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Goiás, Distrito Federal), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina) (Barros et al., 2012).

Ecologia

​Planta herbácea, terrícola; ocorre em Formações Campestres (Barros, Rodrigues; Batista, 2009), como Campo Limpo estacional (Ferreira, 2010), associadas aos Domínios Fitogeográficos Mata Atlântica e Cerrado (Barros et al., 2012). Registrada com flores no mes de Fevereiro (Ferreira, 2010). A grande maioria das espécies da família Orchidaceae são perenes, hermafroditas e anemocóricas (Barros, com. pess.).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​A Mata Atlântica, Domínio Fitogeográfico onde a espécie se encontra distribuída, é caracterizado pela alta diversidade de espécies e pelo elevado grau de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte desta região, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original. Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas "ilhas" de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos formam populações isoladas de outras que se situam em outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana circundante pode significar uma barreira intransponível, o que altera de maneira irreversível o fluxo gênico entre as populações e compromete a perpetuação destas na natureza (Galindo-Leal; Câmara, 2003).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​​O desmatamento no Cerrado atingiu em 2008 47% da distribuição original do Bioma. Entre 2008 e 2009, 7.637km² de cerrados foram desmatados (MMA; IBAMA, 2011). Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Além disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção de carvão (MMA; IBAMA, 2011).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: ​A espécie foi considerada Criticamente em Perigo (CR) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do estado do Espirito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: ​Ocorre nas seguintes Unidades de Conservação: Reserva Biológica Augusto Ruschi; Estação Biológica Santa Lúcia (ES), Parque Estadual do Desengano e APA Petrópolis (RJ) (CNCFlora In: http://cncflora.jbrj.gov.br/fichas/ficha.htmlid=11704, 2011).

Referências

- FERREIRA, A.W.C.; LIMA, M.I.S.; PANSARIN, E.R. Orchidaceae na região central de São Paulo, Brasil. Rodriguésia, v. 61, p. 243-259, 2010.

- ABREU, N. L.; MENINI NETO, L.; KONNO, T. U. P. Orchidaceae das Serras Negra e do Funil, Rio Preto, Minas Gerais, e Similaridade Florística entre Formações Campestres e Florestais do Brasil. Acta Botanica Brasílica, v. 25, n. 1, p. 58-70, 2011.

- BARROS, F.; RODRIGUES, V. T.; BATISTA, J. A. N. Orchidaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.372-403, 2009.

- BARROS, F.B. ET AL. Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000179>.

- BATISTA, J.A.N. ET AL. A synopsis of New World Habenaria (Orchidaceae) II. Harvard Papers in Botany, v. 16, n. 2, p. 233-273, 2011.

- BARROS, F. Comunicação do especialista Fábio de Barros, do Instituto de Botânica da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SP), para o analista Eduardo Fernandez, pesquisador do CNCFlora, 2012.

- GALINDO-LEAL, C; CÂMARA, I.G. Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 472 p.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, IBAMA. Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite. Acordo de Cooperação Técnica MMA/IBAMA: Monitoramento do Bioma Cerrado 2008 a 2009, Brasília, DF, p.55, 2011.

Como citar

CNCFlora. Habenaria rodeiensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Habenaria rodeiensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 08/06/2012 - 14:28:03