Solanum melissarum Bohs

Informações da avaliação de risco de extinção

Informações sobre a espécie

Notas Taxonômicas

​A espécie foi descrita na obra Taxon 44(4): 584 por Bohs, ao reposicionar algumas Cyphormandra entre Solanum L. Foi transferida de C. divaricata (Mart.) Sendtn. para o atual nome. Conhecida popularmente como Baga-de-veado, a espécie se diferencia das demais espécies por apresentar conectivo espessado na base da antera, corola alvo-esverdeada com lacínias profundamente partidas e cálice caduco durante a frutificação (Feliciano, 2008). Análises moleculares empreendidas por Bohs (2007) para Solanum L. evidenciaram a pouca afinidade que S. melissarum apresenta com as outras espécies do gênero. Os resultados posicionaram a espécie em questão em um clado próprio dentro do cladograma proposto pela autora.

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nas regiões Nordeste (Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas), Sudeste (Minas Gerias, Espirito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro), e Sul (Paraná, Santa Catarina) (Stehmann et al.,2012). Ocorre normalmente entre 50 e 800 m de altitude, tendo sido registrada até cerca de 1000 m (Bohs, 1995 apud Feliciano, 2008). S. melissarum é considerada muito rara em Minas Gerais, com registros para o Vale do Rio Doce e Planalto de Poços de Caldas em Floresta Estacional Semidecidual Baixo-Montana e Floresta Estacional Semidecidual Alto-Montana (Oliveira-Filho, 2006).

Ecologia

​Arvoreta terrícola, esciófila (Feliciano, 2008; Agra, Nurit-Silva ; Berger, 2009) ocorrendo em Floresta ombrófila densa, mista e estacional semidecidual (Stehmann et al., 2009), em Brejos de Altitude (Agra, Nurit-Silva ; Berger, 2009), em locais sombreados no interior de matas de encosta (Feliciano, 2008) associadas ao Domínio Fitogeográfico Mata Atlântica (Stehmann et al., 2011).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​A Mata Atlântica é um bioma caracterizado pela alta diversidade de espécie e pelo elevado grau de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana para agricultura, pastagem, extração madeireira e ocupação humana ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte deste bioma, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original. Por esse fatores, foi considerada por Mittermeier et al. (2004) um dos hotspots da biodiversidade. Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos compõem populações isoladas de populações que habitam outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana, circundante de um fragmento, pode significar uma barreira intransponível (Galindo-Leal; Câmara, 2005; Mittermeier et al., 2004; Moura, 2004).

Ações de conservação

1.2.2.1 International level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada comBaixo Risco (LR/NT) de extinção em avaliação de risco empreendida pelo WCMC (1998) afim de compor o Red Listing proccess da IUCN (2011).