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2012 - Livro Vermelho 2013

Tillandsia geminiflora Brongn. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 18-04-2012

Criterio:

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída. Apesar de seu valor ornamental, a espécie ocorre em unidades de conservação (SNUC) e está protegida. Assim, foi avaliada como "Menos preocupante" (LC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Tillandsia geminiflora Brongn.;

Família: Bromeliaceae

Sinônimos:

  • > Tillandsia geminiflora var. geminiflora ;
  • > Tillandsia geminiflora var. incana ;
  • > Anoplophytum geminiflorum ;
  • > Anoplophytum paniculatum ;
  • > Anoplophytum rubidum ;
  • > Tillandsia caldasiana ;
  • > Tillandsia incana ;
  • > Tillandsia rubida ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Tillandsia geminiflora é uma espécie relacionada morfologicamente com T. gardneri.Segundo Tardivo (2002), é diferenciada de T. gardneri pelo escapo que ultrapassa as folhas,forma das brácteas florais e sépalas, além das escamas que não ultrapassam a margem dalâmina foliar e grão de pólen com exina lisa, característica esclusiva desta espécie dentro dosubgênero. Na área de estudo, também podem ser citados a coloração das verde das folhas, oindumento lepidoto e inflorescência ereta, contrapondo-se cor as folhas fortemente cinéreas,indumento escamoso, e inflorescência pêndula de T. gardneri (Pontes, 2005).

Dados populacionais

Dislich (1996) afirma que a espécie é rara na Reserva da Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira", São Paulo, SP, onde foram encontrados apenas dois indivíduos. A espécie apresenta ampla distribuição geográfica, porém em algumas localidades suas subpopulações são reduzidas. Por outro lado, é comum grandes subpopulações em áreas antrópicas como jardins e parques (Costa, com. pess.)

Distribuição

No Brasil a espécie ocorre nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Forzza et al., 2011).

Ecologia

Blum (2010) considerou a espécie como holoepífita obrigatória. O mesmo autor cita que a espécie foi uma das únicas encontradas em todas faixas altitudinais estudadas (400, 600, 800 e 1.000 m), sendo indiferente as condições climáticas, muito comum, com ampla dispersão, tendo sido registrada em todas as formações florestais relacionadas a Floresta Ombrófila Densa no Paraná. Siqueira Filho; Machado (2004) classificaram a fenologia reprodutiva da espécie com explosiva, sendo a floração nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. O período reprodutivo, incluindo floração, frutificação e a dispersão, de T. geminiflora foi relativamente longo, iniciando a formação das estruturas reprodutivas no primeiro semestre (1999) e encerrando o período de dispersão no ano seguinte. Indivíduos de T. geminiflora permaneceram 10 meses com infrutescências em desenvolvimento culminando na dispersão de suas sementes nos meses mais secos - de maio a julho (Marques; Lemos Filho, 2008). Versieux; Wendt (2006) afirmam que a espécie pode ocorrer, raramente, como saxícola. Reitz (1983) afirma que a espécie pode ser rupícola.

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Vulnerável" (VU) (CONSEMA-RS, 2002).

4.4.3 Management
Situação: on going
Observações: A espécie é encontrada na área onde funciona a sede da Alberto Pasqualini Refap S.A. (empresa que atua no ramo de Energia em Canoas, RS). - Reserva Pé-de-Gigante, em Santa Rita do Passa Quatro, SP (Batalha; Mantovani 2001) - Reserva da Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira", São Paulo (Dislich 1996) - Parque Estadual do Espinilho Barra do Quaraí/RS (Galvani; Baptista 2003) - Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba, SP (Mania; Monteiro 2010) - Parque Estadual de Itapuã, Viamão, RS (Musskopf, 2006). - Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, SP (Santos, 2008).

Usos

Referências

- ALVES, R.J.V.; KOLBEK, J. Summit vascular flora of Serra de São José, Minas Gerais, Brazil. Check List, v. 5, n. supl.1, p. 035-073, 2009.

- Diagnóstico socioambiental para criação de unidades de conservação Polígono Bertioga, São Paulo, SP, 2008.

- FORZZA, R. C.; COSTA, A.; SIQUEIRA FILHO, J. A. ET AL. Tillandsia in in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB006361>. Acesso em: 15 de Março de 2011.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Tillandsia geminiflora in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Tillandsia geminiflora>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 18/04/2012 - 17:04:50