Data: 16-08-2012
Criterio: B2ab(iii)
Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Aosa uleana é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente dentro dos limites do Parque Nacional de Itatiaia (RJ). A única subpopulação hoje conhecida desta espécie foi reencontrada às margens de uma trilha muito frequentada por turistas, em Floresta Ombrófila Densa a cerca de 1.500 m de altitude, depois de mais de 50 anos sem coleções. De ocorrência extremamente pontual, A. uleana apresenta AOO de 8 km², e está sujeita a uma situação de ameaça. Mesmo legalmente protegida por uma unidade de conservação (SNUC) de proteção integral, a subpopulação da espécie sofre com a proximidade de uma das trilhas mais movimentadas do Parque, estando suscetível ao declínio contínuo na qualidade de seu hábitat. Por esses motivos, a espécie foi considerada "Criticamente em perigo" (CR).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Aosa uleana (Urb. & Gilg) Weigend;
Família: Loasaceae
Sinônimos:
Descrita originalmente na obra Taxon 55(2): 464. 2006., a espécie é caracterizada pelas folhas opostas, lâmina foliar ovada e inflorescência em em discásio (Bovini; Giordano, 2005).
A espécie foi registrada em 2003, por Bovini, M. Entretanto, não possuia registros de coleta desde 1948; parece ser conhecida atualmente por somente uma população, dentro dos limites do Parque Nacional do Itatiaia (Bovini; Giordano, 2005).
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente no Estado do Rio de Janeiro (Weingend, 2012).
Planta herbácea, terrícola; ocorre em Florestas Ombrófilas Densas e Formações Campestre (Stehmann, 2009) associadas ao bioma Mata Atlântica (Bovini; Giordano, 2005; Stehmann, 2009).
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
As áreas incluídas em unidades de conservação (SNUC) no Rio de Janeiro sofrem com a fiscalização insuficiente e consequentemente aumenta a introdução de espécies exóticas (Rocha et al., 2003).
1.4.2 Human settlement
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
São ameaças aos remanescentes florestais protegidos por unidades de conservação (SNUC) a pressão de urbanização e favelização (Rocha et al., 2003).
1.3.3 Wood
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
As áreas incluídas em unidades de conservação (SNUC) no Rio de Janeiro sofrem com a fiscalização insuficiente e consequentemente aumenta a retirada de madeira ilegalmente (Rocha et al., 2003).
1.1 Agriculture
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
Rocha et al. (2003) destacam que, apesar dos remanescentes florestais do Rio de Janeiro estarem relativamente protegidos por unidades de conservação (SNUC), ainda estão sob forte pressão de degradação em seu entorno e área interna, devido ao desmatamento para pastagens e culturas.
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência
local
Severidade
medium
Detalhes
As áreas incluídas em unidades de conservação (SNUC) no Rio de Janeiro sofrem com a fiscalização insuficiente e consequentemente aumenta a retirada e o comércio ilegal de espécies da fauna e flora (Rocha et al., 2003).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
O Parque Nacional do Itatiaia concentra uma grande diversidade de espécies, e um acentuado número de táxons endêmicos e ameaçados, como A. uleana. As maiores ameaças a esta unidade de conservação (SNUC) são questões fundiárias (ocupação irregular de área da união), pastagens, culturas cíclicas ou permanentes e queimadas (Rocha et al., 2003).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Deficiente de dados" (DD) segundo a Lista de espécies ameaçadas da Flora Brasileira, anexo II (MMA, 2008).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie possui apenas população situada dentro do Parque Nacional do Itatiaia (Bovini; Giordano, 2005).
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.
- WEIGEND, M. Loasaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000150>. Acesso em: acessado em 26/07/2012.
- STEHMANN, J.R. Loasaceae. In: Stehmann, J.R. et al. (Eds.). 2009.
- BOVINI, M.G.; GIORDANO, L.C.S. Loasaceae Lindl. no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta botanica brasilica, v. 19, n. 2, p. 265-271, 2005.
- ROCHA, C.F.D., BERGALLO, H.G., ALVES, M.A.S. & SLUYS, M.V. A biodiversidade nos grandes remanescentes de ? orestais do estado do Rio de Janeiro e nas restingas da Mata Atlântica. 2003.
CNCFlora. Aosa uleana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Aosa uleana
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 16/08/2012 - 17:05:22