Dentre as atribuições do CNCFlora está a de avaliar o risco de extinção de espécies da flora do Brasil, até o ano de 2020, para atender a meta 2 da “Estratégia Global de Conservação de Plantas”. Listas vermelhas constituem uma ferramenta importante para a priorização de investimentos na conservação de espécies e também demandam muitos recursos para sua construção e atualização .
Esta importante tarefa é executada pelo “Núcleo Lista Vermelha”, que conta com uma equipe composta por profissionais formados em diferentes áreas ligadas às ciências da natureza, e treinados no uso dos critérios e categorias da União Internacional para Conservação da Natureza. Além destes, o projeto atua em colaboração com uma rede de especialistas colaboradores, que validam as análises realizadas pela equipe e contribuem para a consistência das avaliações de risco de extinção.
O fluxo de trabalho adotado pela equipe, conta com um sistema de informações online, desenvolvido especificamente para o processo de avaliação de risco de extinção possui três etapas básicas:
A etapa de “Análise de dados”, onde ocorre a compilação dos dados das espécies, no perfil on-line de cada uma. São levantadas informações sobre a biologia,ecologia e distribuição de cada espécie, além de dados de ameaças e ações de conservação. Em seguida, durante a etapa de “Validação” os dados passam pelo importante crivo da rede de especialistas colaboradores acessam e revisam as informações inseridas pela equipe do Núcleo Lista Vermelha. Feito isso, estas informações são revisadas pelos analistas do Núcleo Lista Vermelha, que incorporam todas as alterações indicadas pelos especialistas.
Com o conhecimento gerado, inicia-se o processo de “Avaliação de risco de extinção” das espécies, seguindo o sistema de categorias e critérios (versão 3.1) estabelecidos pela IUCN. Durante essa etapa, as espécies são categorizadas em uma das categorias de risco de extinção:
Quando as avaliações são concluídas elas são disponibilizadas novamente aos especialistas colaboradores, que podem enviar críticas e sugestões a respeito das avaliações realizadas. Posteriormente, as avaliações são publicadas no portal e enviadas ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), responsável pela elaboração da Lista Oficial de Plantas Ameaçadas do Brasil.