Data: 04-04-2012
Criterio: B1ab(iii)
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG: Marcelo
Especialista(s):
Justificativa
Canistrum camacaense é endêmica do Brasil e ocorre exclusivamente em áreas de Floresta Ombrófiladensa no sul do Estado da Bahia, especialmente no município de Una e adjacências. A espécie forma populações com indivíduos esparsamente distribuídos, e é classificada como espécie rara por diferentes autores. C. camacaense tem distribuição restrita (EOO=1.042,59 km²) e está sujeita ao declínio contínuo da qualidade de habitat. Informações disponíveis na literatura apontam que no sul da Bahia remanescem menos de 4% da cobertura vegetal original. Foram identificadas cinco situações de ameaça, com base na dinâmica de fragmentação da paisagem nessa região ao longo dos últimos anos.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Canistrum alagoanum Leme & J.A.Siqueira;
Família: Bromeliaceae
Canistrum alagoanum apresenta afinidade morfológica muito próxima de C. pickelii. Estes diferem-se principalmente pelas brácteas primárias prevalecendo vermelho-alaranjadas, esparsas e inconspicuamente espinulosas em direção ao ápice, e pelas flores com antese diurna (Leme, 1998).
Não existem dados populacionais quantitativos desta espécie disponivies.
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente nas florestas atlânticas remanescentes do Centro de Endemismo de Pernanbuco, no Estado de Alagoas (Filho; Leme, 2006; Forzza et al., 2012). Foi registrada em altitudes de até 700 m (Filho; Leme, 2006).
Planta herbácea, epífita ou saxícola; registrada em Florestas Ombrófilas Densas associadas a Mata Atlântica da região de Maceió, no Estado de Alagoas e áreas circunvizinhas (Filho; Leme, 2006).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
A distribuiçãoda espécie coincide a área abrangida pelo Corredor de Biodiversidade doNordeste, mas apesar disto, poucas unidades de conservação (SNUC) públicas de proteçãointegral existem na área, além dos fragmentos serem pequenos e descontínuos,não garantindo a perpetuação da espécie na natureza (Biodiversitas, 2005;Tabarelli; Silva, 2002; Filho; Leme, 2006).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Considerada "Deficiente de dados" pela Lista vermelha da flora do Brasil(MMA, 2008), anexo 2.
- LEME, E.M.C. Canistrum - Bromélias da Mata Atlântica. Editora Salamandra, 1997.
- GIULIETTI, A.M. ET AL. Plantas Raras do Brasil. 2009.
- AMORIM, A.M. ET AL. Angiospermas em remanescentes de floresta montana no sul da Bahia, Brasil. Biota Neotropica, v. 9, n. 3, 2009.
- THOMAS, W.W. The Atlantic Coastal Forest of Northeastern Brazil. 2008.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.
CNCFlora. Canistrum camacaense in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Canistrum camacaense
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:37:41