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2012 - Livro Vermelho 2013

Chrysophyllum imperiale (Linden ex K.Koch & Fintelm.) Benth. & Hook. EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 17-10-2011

Criterio: B2ab(iii)

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie é endêmica do Brasil e ocorre na Mata Atlântica. Tem ampla distribuição, mas ocupa uma AOO de apenas 36 km². Chrysophyllum imperiale cresce em fragmentos de Floresta Pluvial, Floresta Semidecídua e Florestas Nebulares em um tipo de habitat bastante específico. A perda e a degradação do habitat são citados como ameaças em estudos, que também avaliaram a espécie como esparsa, tendo sido encontrado somente um indivíduo em 1000 m² de parcelas. Foi considerado que a espécie esteja sujeita a duas situações de ameaça de acordo com a presença ou ausência em unidades de conservação. Assim, a espécie foi avaliada como "Em Perigo" (EN).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Chrysophyllum imperiale (Linden ex K.Koch & Fintelm.) Benth. & Hook.;

Família: Sapotaceae

Sinônimos:

  • > Chloroluma imperialis ;
  • > Martiusella imperialis ;
  • > Planchonella imperialis ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Possui nomes populares de guapeba e marmeleiro-do-mato (Carneiro; Almeida; Araújo, 2011). Estreitamente relacionada com a morfologia floral e das sementes com as espécies C. gonocarpum e C. viride da mesma região geográfica.Difere destas duas espécies pela forma da base de suas folhas, flores ligeiramente maiores, com estames fixos na base ou próximos a base do tubo da corola e fruto de tamanho geralmente maior. É também estreitamente relacionada com C. subspinosum (Pennington, 1990), que se difere de C. imperiale pela presença de indumento persistente ramificados na superfície inferior da folha, nervuras secundárias impressas, e cálice ligeiramente mais curto. Além disso, a margem da folha é apenas fracamente serreada na base, enquanto que a de C. Imperiale apresenta essa característica de base para o ápice (Pennington, 1990)

Dados populacionais

Svorc (2007) encontrou somente um indivíduo em 1000 m² de parcelas, usando critério de inclusão DAP >= 5 cm e altura superior a 2 m. Biodiversitas (2005) cita frequência de ocorrência como esparsa.

Distribuição

Carneiro; Almeida e Araújo (2011) citam ocorrência para o Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro).

Ecologia

Árvore ca. 22 m alt. (Penninton, 1990). Ocorre em Floresta pluvial, Floresta Semidecidual e em Florestas Nebulares (Oliveira-Filho, 2010).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência local
Severidade high
Detalhes O habitat natural da espécie tem sido muito reduzido nas últimas décadas (Oldfield et al., 1998).

9.5 Low densitie
Incidência local
Severidade medium
Detalhes Biodiversitas (2005) cita como ameaças a perda de habitats, degradação de habitat, endemismo extremo.

Ações de conservação

1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: Considerada "Em perigo" (EN) [EN B1+2c] pela Lista Vermelha da IUCN (O'Brien, 2011).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre no Parque Nacional da Serra da Bocaina, Estado de São Paulo (Svorc, 2007) e na Reserva Municipal de Pingo d'Água, em Minas Gerais (Biodiversitas, 2005).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Considera "Dados Deficientes" (DD) pela Lista Vermelha da Flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.

Referências

- SVORC, R. D. C.D. P. F. Figueiras centenárias, História Ambiental e estrutura da Mata Atlântica no município de Angra dos Reis, RJ. Dissertação de Mestrado. Seropédica, RJ: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2007.

- OLDFIELD, S.; LUST, C.; MACKINVEN. The World List of Threatened Trees. Cambridge, UK: World Conservation Press, 1998. 650 p.

- PENNINGTON, T. D. Sapotaceae. 1990. 271 p.

- CARNEIRO, C.E., ALMEIDA JR., E.B., ALVES-ARAUJO, A. Sapotaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB014458>.

- OLIVEIRA-FILHO, A.T. Tree Atlan 2.0. Disponivel em: <http://www.icb.ufmg.br/treeatlan/>.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- O'BRIEN, P. J. Chrysophyllum imperiale, IUCN Red List of Threatened Species, 1998.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

Como citar

CNCFlora. Chrysophyllum imperiale in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Chrysophyllum imperiale>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 17/10/2011 - 16:41:52