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2012 - Livro Vermelho 2013

Griffinia nocturna Ravenna CR

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-04-2012

Criterio: B2ab(iii,iv)

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécieocorre nos Estados de Goiás e possivelmente em Tocantins, e Mato Grosso do Sul. Apresenta EOO de 520,97 km² eAOO de 8 km². Ocorre no Cerrado, e segundo informação disponível, possui poucas subpopulações, que vêm se extinguindo devido a perturbações ambientais. A destruição e degradação do Cerrado para o plantio deespécies exóticas, além do fogo e da erosão são as principais ameaças. Aespécie é utilizada parafins paisagísticos e comercializada por colecionadores deplantas bulbosas, e não se encontra protegida por unidade de conservação (SNUC). Está sujeita a uma situação de ameaça.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Griffinia nocturna Ravenna;

Família: Amaryllidaceae

Sinônimos:

  • > Griffinia rostrata ;
  • > Hyline nocturna ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

A espécie forma juntamente com G. gardneriana o subgênero Hyline (Preuss, 1999), sendo as únicas representantes deste. Podem ser diferenciadas principalmente pelo comprimento do hipanto que, em G. nocturna mede 1-5 cm (Preuss, 1999).

Potêncial valor econômico

​A espécie é cultivada para fins ornamentais (Preuss, 2011).

Dados populacionais

Segunda dados fornecidos pelo Fundação Biodiversitas em avaliação de risco de extinção da flora brasileira (Biodiversitas, 2005), a espécie possui poucas subpopulações, que vêm sendo extintas, já que são muito vulneráveis a perturbações ambientais. Ocorre de forma esparsa (Biodiversitas, 2005), sendo considerada rara. A espécie apresenta Tempo de Geração estimado em pelo menos seis anos na natureza (Dutilh, com. pess.).

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins (Dutilh; Oliveira, 2012).

Ecologia

Plantas anuais (Alves-Araujo et al., 2009), herbáceas, terrícolas. Ocorrem em Cerrado sensu lato, que é composto por um conjunto de diferentes formas de vegetação, que inclui desde fitofisionomias florestais (Cerradão) e savânicas até campestres (Campo Sujo) (Dutilh; Olievira, 2012).

Ameaças

1.1 Agriculture
Incidência national
Severidade very high
Detalhes A degradação do solo e dos ecossistemas nativos são as maiores e mais amplas ameaças ao Cerrado. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25 ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000 km² do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130 ton/ha/ano (Klink; Machado, 2005).

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Incidência national
Severidade very high
Detalhes A dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças ao Cerrado. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000 km² - uma área equivalente ao Estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº6, de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo, portanto, considerada "Deficiente de dados" (DD).

Usos

Referências

- ALVES-ARAUJO, A.; DUTILH, J.H.A. ; ALVES, M. Amaryllidaceae S.S.e Alliaceae S.S. no Nordeste brasileiro. Rodriguésia, v. 60, n. 2, p. 311-331, 2009.

- DUTILH, J.H.A. ; OLIVEIRA, R.S. Amaryllidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB015454>.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

- PREUSS, K.D. Griffinia in International Bulb Society. Disponivel em: <http://www.bulbsociety.org/>.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro, Megadiversidade, p.147-155, 2005.

- DUTILH, J.H.A. Comunicação da especialista Julie H. A. Dutilh, do Departamento de Botânica da Universidade Estadual de Campinas, para o analista Eduardo Fernandez, pesquisador do CNCFlora, São Paulo, SP, 2012.

- PREUSS, K.D. The genus Griffinia Ker Gawler (Amaryllidaceae) revisisted. Herbertia, v. 54, p. 51-66, 1999.

Como citar

CNCFlora. Griffinia nocturna in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Griffinia nocturna>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/04/2012 - 18:15:11