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2012 - Livro Vermelho 2013

Mimosa pyrenea Taub. NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 08-01-2014

Criterio: N/A

Avaliador: Laila Araujo

Revisor: Luiz Santos

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago

Especialista(s): Valquíria Dutra


Justificativa

Arbustos de ocorrência restrita ao domínio Cerrado (Dutra & Morim, 2013). Encontrados frequentemente no estado de Goiás (Queiroz et al., 2009), e estando bem amostrados em coleções botânicas (CNCFlora, 2013). Porém, a espécie está presente onde são observadas ameaças como o fogo (Lara et al., 2007) e a mineração (Moura et al., 2007). Caso estas atividades não sejam controladas, é possível que a espécie seja, em breve, classificada como ameaçada de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Chusquea mimosa McClure & L.B.Sm.;

Família: Poaceae

Sinônimos:

  • > Chusquea mimosa subsp. australis ;
  • > Chusquea elegans ;
  • > Chusquea mimosa subsp. mimosa ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Mimosa adenophylla é semelhante a Mimosa pteridifolia. Contudo, apresenta um conjunto de caracteres que separam os taxons taxonomicamente (Barneby, 1991). Queiroz (2009) indica que a espécie pode ser confundida com M. nothopteris e M. gemmulata, das quais difere basicamente pelos folíolos maiores. As subpopulações conhecidas de Mimosa adenophylla apresentam detalhes diferentes, o que representou uma diferenciação taxonomica em: Mimosa adenophylla Taub. var. adenophylla, Mimosa adenophylla var. armandiana (Rizzini) Barneby e Mimosa adenophylla var. mitis Barneby (Barneby, 1991). Conhecida popularmente como "jurema-lisa" (Rocha et al., 2004).

Distribuição

A espécie é considerada endêmica do Brasil, com distribuição nos Estados de Pernambuco, Bahia e Minas Gerais (Dutra; Morim, 2012). Já Queiroz (2009) considera a distribuição da espécie do Ceará a Minas Gerais, também nos biomas da Caatinga e do Cerrado. Oliveira Filho et al. (2005) cita a espécie com distribuição para os Estados do Ceará, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais.

Ecologia

Arbustiva, chegando a 3 metros de altura aproximadamente (Barneby, 1991) e arbórea (Queiroz, 2009). Encontra-se em Florestas Semideciduas e Submontanas (Oliveira Filho et al., 2005).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Caatinga é uma das maiores e mais distintas regiões brasileiras (Ferri, 1980 apud Castelleti et al., 2005). Ela compreende uma área aproximada de 800.000 km², representando 70% da região Nordeste e 11% do território nacional (Bucher, 1982 apud Castelleti et al., 2005). Utilizando somente as informações do IBGE (1993), estimou-se que a cobertura por atividades agrícolas na região é de 201.786 km². Esta área modificada se estende por praticamente toda a Caatinga. Adicionando a área de impacto das estradas à área estimada pelo IBGE e considerando a largura do impacto de antropização causado pelas estradas de 1 a 10 km, estima-se que as áreas alteradas da Caatinga variam de 223.100 km² (30,38%) a 379.565 km² (51,68%). Independente da estimativa adotada, uma importante parcela da área da Caatinga foi bastante modificada pelas atividades humanas. Algumas dessas áreas, previamente ocupadas pela agricultura, possuem grande risco de desertificação, exigindo ações urgentes de restauração da vegetação original (Castelleti et al., 2005).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Observações: Encontrada na seguinte unidade de conservação (SNUC): Estação Ecológica de Aiuaba, Aiuaba, Ceará (P. Martins, s.n., NYBG 932563).

1.2.2.3 Sub-national level
Observações: Considerada "Vulnerável" (VU) pela Lista de Espécies Ameaçadas de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).

Referências

Como citar

CNCFlora. Mimosa pyrenea in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Mimosa pyrenea>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 26/03/2012 - 15:01:42