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2012 - Livro Vermelho 2013

Mollinedia stenophylla Perkins NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 24-04-2012

Criterio:

Avaliador: Massimo Giuseppe Bovini

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Com EOO de 44.432,116 km² a espécie ocorre em Mata Atlântica da região Sudeste e preferencialmente em altitude de 1000 m. Endêmica do Brasil e há registro em poucas unidades de conservação (SNUC). Há um risco em futuro próximo.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Mollinedia stenophylla Perkins;

Família: Monimiaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Bot. Jahrb. 27: 669. 1900.

Distribuição

Endêmica do Brasil; ocorre nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo; predominantemente em altitudes acima de 1000 m (Peixoto, 1987; 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por árvores, terrícolas (Peixoto, 2012); dióica, polinização entomófila e dispersão zoocórica (Peixoto, com. pe).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Atéo final do século passado o solo do município de Santa Teresa era ocupado quaseque inteiramente por florestas nativas. Com a imigração européia e acolonização, as florestas foram dando espaço para outros usos, em especial paraa cultura do café. Em 1976 as florestas naturais e capoeiras cobriam,respectivamente, 22.086 ha (22,08%) e 8.432 ha (8,42%) da área do município(Estado do Espírito Santo, 1978). Segundo Tabacow (1992) o tipo e natureza daocupação do solo no município de Santa Teresa não sofreu mudançassignificativas nas últimas décadas. O censo agropecuário do IBGE de 1995/96(Brasil, 1998) indica que o principal uso do solo no município de Santa Teresaé de lavouras permanentes, principalmente de café, com 21.070 ha, seguidas porpastagens naturais, com 13.352 ha, e matas naturais, com 12.312 ha. Em certosperíodos a ameaça de incêndio pode ser considerável, especialmente em anos maissecos e quentes. Muitos vizinhos ainda usam com freqüência a prática do fogopara limpar o terreno e algumas vezes acabam perdendo o controle, ameaçando avegetação da Estação Biológica. Um dos problemas mais importantes da Estação éa poluição do rio Timbuí. Este rio, além de receber resíduos de atividadesagropecuárias da região, recebe efluentes urbanos in natura da cidade de Santa Teresa e muito lixo, que é carregadopara a Estação Biológica. Além da eutrofização e insalubridade das águas queatravessam a Estação e dos problemas para a biota aquática, parte do lixo éretido pela vegetação nas margens do rio, provocando um impacto ambientalsignificativo (Mendes; Padovan, 2000).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O Estado do Rio de Janeiro apresentava 98,59% de sua área coberta porFloresta Atlântica. No entanto, assim como no restante doterritório brasileiro, esta formação vem sofrendo ao longo dos séculos umintenso processo de fragmentação e redução, especialmente devido a sualocalização (Gilbertoni; Cavalcanti, 2000). As florestas do estado do Rio de Janeiro estão entre as mais ameaçadas,já que cobrem atualmente menos de 20% da área florestal original (Fonseca, 2009).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Observações: Aespécie consta no anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de Setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada uma espécie com Dados Deficientes (DD) paraa avaliação de risco de extinção.

1.2.1.1 International level
Observações: Espécie considerada Em Perigo (EN) [B1 + 2ac] (IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.2. <www.iucnredlist.org>. Downloaded on 19 March 2012).

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em unidades de conservação (SNUC): Estação Biológica de Santa Lúcia e Reserva Biológica Augusto Ruschi, no estado do Espírito Santo; e Reserva Ecológica de Macaé de Cima, no Rio de Janeiro (CNCFlora, 2011).

Referências

- PEIXOTO, A.L. Revisão taxonômica do gênero Mollinedia Ruiz et Pavon (Monimiaceae, Monimioideae). Doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1987.

- PEIXOTO, A.L. Mollinedia stenophylla in Mollinedia (Monimiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB010103>.

- VARTY, N. Mollinedia stenophylla in IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.2. Disponivel em: <http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/33980/0>. Acesso em: 19/03/2012.

- MENDES, S. L.; PADOVAN, M. P. A Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa, Espírito Santo., Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, n.11/12, p.7-34, 2000.

- FONSECA, R.N. Estrutura e composição florística do estrato arbóreo em um trecho de floresta ombrófila densa submontana no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Guapimirim, RJ. Monografia. Seropédica: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Instituto de Florestas), 2009.

Como citar

CNCFlora. Mollinedia stenophylla in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Mollinedia stenophylla>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 24/04/2012 - 18:12:24