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2012 - Livro Vermelho 2013

Palicourea veterinariorum J.H.Kirkbr. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-06-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie descrita em 1980, possui ampla extensão de ocorrência e a área de ocupação conhecida estima-se estar aumentando. Espécie arbustiva das florestas montanas da costa da Mata Atlântica e áreas interiores.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Palicourea longipedunculata Gardner;

Família: Rubiaceae

Sinônimos:

  • > Palicourea veterinariorum ;
  • > Psychotria longipedunculata ;
  • > Palicourea pedunculosa ;
  • > Psychotria longepedunculata ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Acta Amazonica 10(1): 105. 1980.

Distribuição

Espécie ocorre nos estados da Bahia e Espírito Santo (Zappi; Taylor, 2012); entre 500-600m de altitude (CNCFlora, 2011).

Ecologia

Caracteriza-se por arbustos; provavelmente polinizada por beija-flor (Taylor, 1997).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Osúltimos remanescentes florestais do Sul da Bahia estão fortemente ameaçados,mesmo com a duplicação das áreas públicas protegidas, e a criação de ReservasParticulares do Patrimônio Natural. A principal razão da ameaça é a grave criseda cultura do cacau, fortemente associada às últimas florestas restantes. Apartir de 1988 a região tem se transformado de uma economia exclusivamentecacaueira para uma economia diversificada, principalmente com atividadesfortemente impactantes: pecuária extensiva, café, pupunha e exploraçãomadeireira (Araujo et al., 1998).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Ouso do solo do estado do Espírito Santo está distribuído basicamente em:lavouras (permanente, temporária e temporária em descanso), pastagens (naturale plantada), florestas naturais, florestas plantadas e terras produtivas nãoutilizadas, que totalizam 3.339.022 há, ou seja, 73,23% da extensão territorialdo estado (IBGE 1998). As pastagens cobrem 1.821.069 há, constituindo o usopredominante do território capixaba. Sua maior concentração é na mesorregiãoLitoral Norte Espírito-Santense (IBGE 2002), totalizando 618.070 há. Dentre os13 municípios integrantes dessa mesorregião, o município de Linhares concentra236.544 há (38,7% do total de pastagens da mesorregião) (de Paula, 2006).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção. Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela Lista vermelha daflora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidade de Conservação: Estação Ecológica de Uruçuí-Una, no estado do Piauí (CNCFlora, 2011).

Referências

- ZAPPI, D.; TAYLOR, C. Palicourea veterinariorum in Palicourea (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB014144>.

- TAYLOR, C.M. Conspectus of the Genus Palicourea (Rubiaceae: Psychotrieae) with the description of some new species from Ecuador and Colombia., Annals of the Missouri Botanical Garden, v.84, p.224-262, 1997.

- ZAPPI, D.; BARBOSA, M.R.V.; CALIÓ, M.F. ET AL. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.449-461, 2009.

- ARAUJO, M.; ALGER, K.; ROCHA, R.; MESQUITA, C.A.B. A Mata Atlântica do Sul da Bahia: situação atual, ações e perspectivas., Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (Instituto Florestal)., São Paulo, p.27, 1998.

- DE PAULA, A. Florística e fitossociologia de um trecho de floresta ombrófila densa das terras baixas na Reserva Biológica de Sooretama, Linhares, ES. Doutorado. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 2006.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

Como citar

CNCFlora. Palicourea veterinariorum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Palicourea veterinariorum>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/06/2012 - 18:24:56