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2012 - Livro Vermelho 2013

Swartzia linharensis Mansano VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 16-05-2012

Criterio: D2

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG: Marcelo

Especialista(s):


Justificativa

Swartzia linharensis é endêmica do Estado do Espírito Santo. Está sujeita a apenas duas situações de ameaça, considerando a presença e ausência em unidades de conservação (SNUC). A vegetação do Estado foi severamente desmatada, e dela restam hoje poucos fragmentos, dificultando a sobrevivência da espécie na natureza. Deve ser monitorada, e pesquisas populacionais precisam ser conduzidas para verificar a estabilidade populacional e o estado de conservação das subpopulações encontradas fora de unidades de conservação.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Solanum swartzianum Roem. & Schult.;

Família: Solanaceae

Sinônimos:

  • > Solanum argenteum var. lepidocarpum ;
  • > Solanum aureum ;
  • > Solanum aureum ;
  • > Solanum aureum ;
  • > Solanum hatschbachii ;
  • > Solanum argenteum ;
  • > Solanum swartzianum var. argyrophyllum ;
  • > Solanum swartzianum var. chrysophyllum ;
  • > Solanum swartzianum var. sordidum ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie combinada como S. glazioviana em 1906 por Glaziou. Antes descrita como Tounatea glazioviana por Taubert em 1892 (Cowan, 1967).

Distribuição

Espécie considerada endêmica do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio, Rio de Janeiro (Ribeiro; Lima, 2009).

Ecologia

Espécie arbórea (Cowan, 1967) ou arbustiva (Dantas et al., 2009). Atingindo até 5 metros de altura (CNCFlora, 2012). Floresce de novembro a janeiro e frutifica de janeiro a maio (Mansano; Lima 2007).

Ameaças

1.2 Land management of non-agricultural area
Severidade high
Detalhes No Rio de Janeiro, a fragmentação da cobertura vegetal ocasionada pelas as áreas edificadas, a abertura de ruas e a manutenção das áreas de pastagens, dentre outros, ocasionaram o aumento das áreas de borda, propiciando alterações estruturais e florísticas na vegetação (Dantas et al., 2009). Os mesmo autores afirmam que em bordas criadas pela ação antrópica, as mudanças nas condições físicas, como incidência de luz, aumento do vento e ressecamento, entre outros, afetam diretamente a abundância e distribuição das espécies junto a borda a médio e longo prazo, uma vez que apenas aquelas resistentes às novas condições devem permanecer, além de a proliferação de espécies ruderais ou exóticas.

Ações de conservação

4.4.1 Identification of new protected areas
Situação: needed
Observações: Ribeiro; Lima (2009) sugerem a necessidade de umapolítica efetiva de proteção para os remanescentesflorestais no CDVCF, sendo indicados como prioritários os fragmentos litorâneos no entorno daPraia da Gorda e na região mais afastada do litoral,nos municípios de Araruama, Iguaba, Saquaremae São Pedro da Aldeia.

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie encontra-se inserida na APA do Pau-Brasil, e foi considerada de alta relevância para proteção (Ribeiro, 2006).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Considerada "Em Perigo" (EN) pela Biodiversitas (Biodiversitas, 2005) e ameaçada pela Lista de Espécies Ameaçadas do Brasil (MMA, 2008).

Referências

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- MANSANO, V.F.; PINTO, R.B.; TORKE, B.M. Swartzia in Lista de Espécies da Flora do Brasil., Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB023178>.

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2008-2010. 2011. 122 p.

- Base de Dados do Centro Nacional da Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2012.

- STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p.

- QUEIROZ, L.P.; CARDOSO, D.B.O.S.; CONCEIÇÃO, A.S. ET AL. Fabaceae in Plantas Raras do Brasil. In: GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M.J.G. ET AL. Belo Horizonte: Conservação Internacional, p.496, 2009.

- MANSANO, V.D.F.; TOZZI, A.M.G.D.A.; LEWIS, G.P. A Revision of the South American Genus Zollernia Wied-Neuw. & Nees (Leguminosae, Papilionoideae, Swartzieae). Kew Bulletin, v. 59, n. 4, p. 497-520, 2004.

- URAMOTO, K. Anastrepha species their host plants and parasitoids in Fruit flies (Diptera Tephritidae) in Brazil, ESALQ. ESALQ. Disponivel em: <http://www.lea.esalq.usp.br/anastrepha/edita_ssp_i.php>.

- SODRÉ, L. L. Diversidade de espécies da Mata Atlântica em viveiros do Estado do Espírito Santo. Monografia. Seropédica, RJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006.

Como citar

CNCFlora. Swartzia linharensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Swartzia linharensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 24/05/2012 - 18:38:38