Data: 15-05-2012
Criterio:
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie amplamentedistribuída em diferentes domínios fitogeográficos. No entanto, apresenta valormadeireiro e por isso, uma legislação regulando sua retirada da natureza deveser colocada em prática. A extração não fiscalizada da espécie pode reduzir as subpopulações representando uma ameaça a sobrevivência da espécie na natureza.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Xylopia brasiliensis Spreng.;
Família: Annonaceae
Sinônimos:
Xylopia brasiliensis caracteriza-se pelo ritidoma descamante, que lheconfere o nome popular "casca-de-barata", pelas folhas de pequenas dimensões, eflores avermelhadas (Lobão et al., 2006). Nomes populares: "pindaubuna", "pindaíba", "cortiça", "bindaíba" (Lorenzi, 2002).
A madeira é usada em construção civil, como tabuado, caibros, vigas e, paraconfecção de mastros e caixotaria (Lorenzi,2002).
A espécie apresenta boa representatividade nos locais onde ocorre e estudos apontam para o aumento populacional. Foram amostrados 95 ind.em Viçosa, MG, com uma DA de 122 ind./ha (Silva et al., 2004). Foram amostrados1.053 ind. em sub-bosque de plantios de Eucaliptuse Pinus, Lavras, MG (Aubert; Oliveira-Filho,1994). Em Pinhais, PR, apresentou 10 ind./ha (Seger et al., 2005). Em Brotas, SPforam amostrados 4 ind./ha (Gomes et al., 2004). Em um estudo de regeneração emestágio inicial em Blumenau, a espécie possui 150 ind./ha em 2001 e 250 ind./haem 2003, sem registro de mortalidade (Schorn; Galvão, 2006). Em uma Floresta de Galeria emItutinga, MG, Corrêa e Van Den Berg (2002) também concluíram que a subpopulação Xylopia brasiliensis também estáaumentando e evidenciam que a competição intraespecífica einter-específica, inibem o crescimento,diminuindo o recrutamento e aumentando a mortalidade de indivíduos da espécie.
Ocorre nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (Maas et al., 2012).
Árvore de 15 a 20 m de alt., casca rajada eavermelhada. Copa regular, piramidal. Folhas ovadas, esparsamente cobertas compelos eretos nas face abaxial. Flores avermelhadas. Frutos de cinco a 10 monocarpos(Maas et al., 2001) deiscentes de coloração verde (Lorenzi, 2002). Floração de novembro ajaneiro e frutificação de setembro a novembro. Frutos dispersos por aves.Planta heliófita, perenofólia. Apresenta crescimento rápido sendo útil emreflorestamentos heterogêneos destinados à recomposição de áreas degradadas depreservação permanente (Lorenzi,2002). Espécie monoclina, polinização por cantarofilia (Lobão, com.pess.). Ocorre preferencialmente com bastante frequência ao longo das encostas enxutas, tanto da mata primária densa como nas formações abertas e secundárias (Lorenzi, 2002).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Criticamente em perigo" (CR), segundo a Lista vermelha daflora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
- GOMES, B.Z.; MARTINS, F.R.; TAMASHIRO, J.Y. Estrutura do cerradão e da transição entre cerradão e floresta paludícola num fragmento da International Paper do Brasil Ltda., em Brotas, SP. Revista Brasil. Bot., v. 27, n. 2, p. pp.249-262, 2004.
- LOBÃO, A.Q.; FORZZA, R.C.; MELLO-SILVA, R. (Annonaceae da Reserva Biológica da Represa do Grama, Descoberto, Minas Gerais, Brasil, com uma nova espécie, Unonopsis bauxitae. Rodriguésia, v. 57, n. 1, p. pp. 137-147, 2006.
- SCHORN, L.A.; GALVÃO, F. Dinâmica da regeneração natural em três estágios sucessionais de uma Floresta Ombrófila Densa em Blumenau, SC. Florestas, v. 36, n. 1, p. pp. 59-74, 2006.
- SILVA, N.R.S.; MARTINS, S.V.; MEIRA NETO, J.A.A.; SOUZA, A.L.D. Composição florística e estrutura de uma Floresta Estacional Semidecidual Montana em Viçosa, MG. R. Árvore, v. 28, n. 3, p. pp. 397-405, 2004.
- AUBERT, E.; OLIVEIRA-FILHO, A.T.D. Análise multivariada da estrutura fitossociológica do sob-bosque de plantios experimentais de Eucaliptus spp. e Pinus, spp. em Lavras, MG. Rev. Árvore, v. 18, n. 3, p. pp. 194-214, 1994.
- MAAS, P., RAINER, H., LOBÃO, A. Annonaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB110466>. Acesso em: 17/04/2012.
- MAAS, P.J.M.; KAMER, H.M.D.; JUNIKKA, L.; MELLO-SILVA, R.D.; RAINER, H. Annonaceae from Central-eastern Brazil. Rodriguésia, v. 52, n. 80, p. pp. 65-98, 2001.
- PINTO, S.I.D.C.; CARVALHO, D.D. Estrutura genética de populações de pindaíba (Xylopia brasiliensis Sprengel) por isoenzimas. Revista Brasil. Bot., v. 27, n. 3, p. pp.597-605, 2004.
- LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum, 2002. pp. 33-34 p.
- CORRÊA, B.S.; VAN DEN BERG, E. Estudo da dinâmica da população de Xylopia brasiliensis Sprengel em relação a parâmetros populacionais e da comunidade em uma Floresta de Galeria em Itutinga, MG. Cerne, v. 8, n. 1, p. pp. 1-12, 2002.
- SEGER, C. D.; DLUGOSZ, F. L.; KURASZ, G. ET AL. Levantamento florístico e análise fitossociológica de um remanescente de floresta ombrófila mista localizado no município de Pinhais, PR, Floresta, v.35, p.291-302, 2005.
- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.
CNCFlora. Xylopia brasiliensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Xylopia brasiliensis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 15/05/2012 - 15:03:45